terça-feira, 31 de maio de 2011

Pepinos de destruição massiva - As teorias da conspiração...

Andamos nós, ocidentais, há tantos anos, preocupadíssimos com o desenvolvimento de armas bacteriológicas pelo Iraque, Coreia do Norte, Líbia, Irão e outros estados do Eixo do Mal, quando, afinal, elas estavam a ser cultivadas aqui no nosso quintal da Andaluzia...


É verdade, não é que, subitamente, os espanhóis desataram a fustigar o norte da Alemanha com pepinos armados com ogivas de e-coli e estão a matar alemães que nem cogumelos? Os alemães estão aterrorizados, e com toda a razão, porque o pepino não só se está a revelar extremamente letal como atinge os seus alvos com precisão cirúrgica, uma vez que só a região de Hamburgo está a ser massacrada.

Mas a grande questão que se coloca à volta destes mortíferos vegetais da família dos Cucurbitaceae, é: "Quem e porquê está a utilizar os pepinos espanhóis para dizimar os simpáticos (?) habitantes do Schleswig-Holstein e da Baixa Saxónia?" Aqui ficam 4 das teorias mais consistentes e verosímeis:


Teoria I - O golpe póstumo de Bin Laden


Na impossibilidade de reconquistar o Al-Andaluz, Bin Laden dedicou os seus últimos anos em Abottabad (gosto deste nome, é musical... Abottabid Abottabad... Abottabed Abottabid Abottabad... lálálá...) a planear um ataque devastador ao Ocidente, lançado a partir do coração do Al-Andaluz.


Para esse efeito, várias células da Al Qaeda da Andaluzia (also known as North Magreb) dedicaram-se dia e noite ao cultivo do pepino, tendo o cuidado de, entre outras javardices, nunca lavar as mãos depois de ir ao WC, assegurando que os seus pepinos são um verdadeiro nojo bacteriológico.


Contudo, a sua morte prematura às mãos dos Navy Seals, impediu-o de concluir a sua obra, forçando os seus seguidores a lançar o Pepino al-Islam (Pepino do Islão) ainda em versão protótipo. Nesta versão Beta do Pepino al-Islam, o e-coli apenas se torna fatal quando conjugado com uma levedura rara, apenas encontrada num tipo de cerveja muito popular no norte da Alemanha, o que explicaria a incidência localizada das baixas.

Teoria II - O pepino de La Pasionaria


Um velho andaluz amargurado, que, durante a Guerra Civil de Espanha, viu toda a sua família chacinada por um batalhão da Wehrmacht proveniente do norte da Alemanha, está, finalmente, a concretizar a vingança que cozinhou ao longo dos últimos 70 anos.


O então pequeno órfão de guerra, vagueou pelas plantações de girassol durante 2 noites e 3 dias até ser encontrado e recolhido pela célebre La Pasionaria, que, em segredo, o adoptou, educou no ódio aos nazis e incentivou à vingança.


Paco Ibañes cresceu, fez-se homem e dedicou a sua vida ao cultivo do pepino e do ódio aos alemães. Durante anos, seguiu o rasto dos executores e dos seus descendentes, e arquitectou planos maquiavélicos. Pacientemente, promoveu o consumo do pepino espanhol no norte da Alemanha, tornou-se no maior exportador para esse mercado e, quando assegurou que todos os descendentes dos assassinos da sua família eram consumidores intensivos de pepino, infectou-os com e-coli.


Teoria III - The Italian Connection


Preocupado com o crescente protagonismo político, económico, cultural, desportivo e social da Espanha, que ameaça ocupar o lugar da Itália no coração do histórico aliado alemão, Berlusconi procura comprometer as relações entre Madrid e Bona.


Recorrendo a uma improvável (ou talvez não...) aliança entre os serviços secretos italianos, a Máfia calabresa e o Vaticano, Berlusconi põe em prática um plano maquiavélico para, em simultâneo, arruinar a economia espanhola e colocar Zapatero e Merkel ao chapadão. E como? Simples! Exportando para a Alemanha pepinos calabreses disfarçados de pepinos da Andaluzia e infectados com e-coli.


E porque razão o efeito mortal destes pepinos só se faz sentir no norte da Alemanha? Porque é aí que reside o grosso da comunidade de imigrantes calabreses na Alemanha, entre a qual se ocultam os membros da Ndrangheta que introduzem os pepinos contaminados na cadeia alimentar local.


Teoria IV - A faena desesperada de Zapatero


Encurralado entre a derrocada do PSOE nas últimas eleições regionais e municipais, e a crise económica latente, Zapatero tenta obter da Alemanha um empréstimo a fundo perdido de 200 mil milhões de Euros, utilizando a chantagem como alavanca negocial.


Há quem garanta que, por detrás do conflito mediático entre alemães e espanhóis, decorrem duras negociações em que Zapatero ameaça Bona com a propagação da praga de pepinos a todo o território alemão. No Wikileaks há mesmo um trecho duma escuta captada pela NSA, em que se houve uma conversa telefónica entre Zapatero e Merkel: "Angelita escucha... no me toques las pelotas! Estoy hasta los huveos de la crisis. Estoy hablando en serio: 200.000 millones en contado."

ATENÇÃO: Enquanto não se esclarece toda a verdade sobre a maldição do pepino espanhol, aconselhamos os nossos leitores a recorrerem a pepinos espanhóis apenas para aplicação tópica.


































































































quarta-feira, 25 de maio de 2011

Soluções para a crise na Zona Euro

Está na hora de Grécia, Portugal e Irlanda capitalizarem os seus legados à humanidade para ajudar a pagar as respectivas dívidas soberanas. Como? Cobrando royalties pela utilização que, diariamente, a humanidade faz desses legados! Por exemplo, a Grécia deverá cobrar royalties por estar na génese da civilização ocidental, Portugal por ter dado novos mundos ao Mundo e a Irlanda por ter criado a Guinness.


Mais exemplos de fontes de receita... É de toda a justiça que a Grécia cobre direitos sobre a propriedade intelectual dos Jogos Olímpicos. Todos os 4 anos a Grécia deveria receber um rendimento jeitoso pago pelos organizadores, participantes e assistentes dos Jogos. Se a isto somarmos direitos de transmissão televisiva e direitos sobre o merchandising, a Grécia teria suficiente funding para sair daquela twilight zone em que vive há séculos, entre o Médio Oriente e a Europa, e voltar a ser um país civilizado. Portugal deu a descobrir ao Mundo em geral e ao British Empire em particular, a planta do chá e, muitos séculos antes de cientistas britânicos terem clonado a ovelha Dolly, os descobridores portugueses criaram as mulatas que, ao contrário da Dolly, ainda existem e continuam a (re)produzir-se. Isto deve valer uma fortuna, caramba! E que dizer dos irlandeses, que nos brindaram (literalmente...) com o Bushmills e o Jameson? É verdade que eles exportam disto e isso deve ter um certo peso na balança de pagamentos da República da Irlanda, mas será que os copyrights do whiskey estão a ser devidamente valorizados?



Aqui fica para reflexão...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Deve ser a isto que chamam Internacional Socialista...










E ao 1.º dia de campanha, em Évora, José Sócrates reinventa o conceito de "Internacional Socialista" ao criar um PS que se estende do Punjab ao Martim Moniz...

O PS pode não controlar a SIC, mas não há dúvida de que controla os Sikhs! LOL

Produtividade, dias de férias e feriados

Toda essa conversa sobre a correlação entre os índices de produtividade nacional e os dias de férias e os feriados dos portugueses é um bocado disparatada.

A redução dos dias de férias e do número de feriados só seria uma solução se houvesse um problema na nossa capacidade para satisfazer a procura externa, isto é, se não estivéssemos a exportar mais por falta de capacidade para satisfazer a procura que nos é dirigida ou se estivéssemos a compensar o alegado excesso de dias de férias e de feriados com horas extraordinárias massivas ou com mais trabalhadores, afectando a nossa competitividade a nível de custos (mas criando mais uns postos de trabalho...). Ora, que eu tenha conhecimento, o excesso de procura não é um problema que afecte a maioria das empresas nacionais. É pena, porque seria um doce problema, mas, infelizmente, ouve-se é falar de empresas a encerrar e a fazer layoff temporário por falta de encomendas e não de empresas desesperadas por não conseguirem satisfazer as carradas de encomendas que lhes caiem do céu aos trambolhões. Portanto, objectivamente, net net, o que é que se ganha ao aumentar o número de dias de trabalho?

Concordo, em absoluto, com os que defendem que a produtividade dos trabalhadores portugueses em ambiente industrial está entre as melhores, como é atestado por casos como o da Autoeuropa. Sobretudo, se devidamente enquadrados em termos de organização, processos e tecnologia, como é também o caso da Autoeuropa.

Por outro lado, admito que temos um problema de produtividade a nível do sector terciário. Trata-se de uma idiossincrasia cultural, que sobrevaloriza o número de horas que se passa no local de trabalho - e, em particular, a hora a que se sai - em detrimento do trabalho realizado e dos resultados alcançados. Em resultado desta cultura de taximetro, os portugueses que laboram no sector de serviços fazem inúmeros coffee breaks, longos almoços e alguns lanches, navegam na internet e discutem imenso futebol, política, economia e todo o tipo de fait divers. Pelo meio, vão trabalhando qualquer coisa. Graças a esta cultura de show-off horário, temos muito menos horas de quality time pessoal do que seria desejável e alimentamos um circulo vicioso em que a menos descanso efectivo, corresponde menor produtividade e criatividade nas muitas horas em que nos arrastamos pelo local de trabalho.