segunda-feira, 13 de junho de 2011

Nem tudo tem de ser mau no Aquecimento Global

Porque não tirar partido do melhor que os fenómenos atmosféricos têm para nos dar? Porque nos lastimamos com as consequências em lugar de usufruir delas?

Para tentar contrariar mais esta susposta fatalidade acarinhada e nutrida pelo nacional fatalismo, proponho o Projecto "Monsanto Tropical" (confesso que o célebre e disruptivo "Alentejo Digital" me inspirou...)!

Em que consiste? Simplesmente em alavancar nas alterações climatéricas que por aqui vão acontecendo, para transformar o Parque de Monsanto numa autêntica rainforest tropical de 1.000 hectares mesmo às portas de Lisboa!

Que benefícios trará? Para além da capacidade acrescida para processar o CO2 urbano, dotará Lisboa de um novo polo de atracção turística! Ora pensem lá como qualquer cidadão europeu não-periférico: Porquê queimar preciosos dias de férias em longas viagens para apreciar uma selva tropical na Costa Rica, no Quénia ou no Vietname, quando o podem fazer num simples citybreak em pleno Espaço Schengen e Zona Euro?

E como, perguntarão os mais cépticos. Por acaso acham que a Troika nos deixará gastar dinheiro numa coisa destas? Sim, porque será concretizado através duma parceria público-privada daquelas que não lixam os orçamentos actuais nem futuros! É assim: O Estado entra com Monsanto, a flora é graciosamente cedida pela Horto do Campo Grande, as piranhas já lá estão, só têm de aprender a nadar, e o resto da fauna será facultada a fundo perdido pelo Circo Chen.

Numa 2.ª fase, beneficiando já de uma futura vaga de fundos comunitários, enriquecer-se-á a proposta de valor do Parque Monsanto Tropical com diversos ambientes étnicos importados do Martim Moniz.

Voilà!!! Portugal tem futuro, é preciso é inovar e tirar partido do que a natureza nos oferece.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Pepinos de destruição massiva - As teorias da conspiração...

Andamos nós, ocidentais, há tantos anos, preocupadíssimos com o desenvolvimento de armas bacteriológicas pelo Iraque, Coreia do Norte, Líbia, Irão e outros estados do Eixo do Mal, quando, afinal, elas estavam a ser cultivadas aqui no nosso quintal da Andaluzia...


É verdade, não é que, subitamente, os espanhóis desataram a fustigar o norte da Alemanha com pepinos armados com ogivas de e-coli e estão a matar alemães que nem cogumelos? Os alemães estão aterrorizados, e com toda a razão, porque o pepino não só se está a revelar extremamente letal como atinge os seus alvos com precisão cirúrgica, uma vez que só a região de Hamburgo está a ser massacrada.

Mas a grande questão que se coloca à volta destes mortíferos vegetais da família dos Cucurbitaceae, é: "Quem e porquê está a utilizar os pepinos espanhóis para dizimar os simpáticos (?) habitantes do Schleswig-Holstein e da Baixa Saxónia?" Aqui ficam 4 das teorias mais consistentes e verosímeis:


Teoria I - O golpe póstumo de Bin Laden


Na impossibilidade de reconquistar o Al-Andaluz, Bin Laden dedicou os seus últimos anos em Abottabad (gosto deste nome, é musical... Abottabid Abottabad... Abottabed Abottabid Abottabad... lálálá...) a planear um ataque devastador ao Ocidente, lançado a partir do coração do Al-Andaluz.


Para esse efeito, várias células da Al Qaeda da Andaluzia (also known as North Magreb) dedicaram-se dia e noite ao cultivo do pepino, tendo o cuidado de, entre outras javardices, nunca lavar as mãos depois de ir ao WC, assegurando que os seus pepinos são um verdadeiro nojo bacteriológico.


Contudo, a sua morte prematura às mãos dos Navy Seals, impediu-o de concluir a sua obra, forçando os seus seguidores a lançar o Pepino al-Islam (Pepino do Islão) ainda em versão protótipo. Nesta versão Beta do Pepino al-Islam, o e-coli apenas se torna fatal quando conjugado com uma levedura rara, apenas encontrada num tipo de cerveja muito popular no norte da Alemanha, o que explicaria a incidência localizada das baixas.

Teoria II - O pepino de La Pasionaria


Um velho andaluz amargurado, que, durante a Guerra Civil de Espanha, viu toda a sua família chacinada por um batalhão da Wehrmacht proveniente do norte da Alemanha, está, finalmente, a concretizar a vingança que cozinhou ao longo dos últimos 70 anos.


O então pequeno órfão de guerra, vagueou pelas plantações de girassol durante 2 noites e 3 dias até ser encontrado e recolhido pela célebre La Pasionaria, que, em segredo, o adoptou, educou no ódio aos nazis e incentivou à vingança.


Paco Ibañes cresceu, fez-se homem e dedicou a sua vida ao cultivo do pepino e do ódio aos alemães. Durante anos, seguiu o rasto dos executores e dos seus descendentes, e arquitectou planos maquiavélicos. Pacientemente, promoveu o consumo do pepino espanhol no norte da Alemanha, tornou-se no maior exportador para esse mercado e, quando assegurou que todos os descendentes dos assassinos da sua família eram consumidores intensivos de pepino, infectou-os com e-coli.


Teoria III - The Italian Connection


Preocupado com o crescente protagonismo político, económico, cultural, desportivo e social da Espanha, que ameaça ocupar o lugar da Itália no coração do histórico aliado alemão, Berlusconi procura comprometer as relações entre Madrid e Bona.


Recorrendo a uma improvável (ou talvez não...) aliança entre os serviços secretos italianos, a Máfia calabresa e o Vaticano, Berlusconi põe em prática um plano maquiavélico para, em simultâneo, arruinar a economia espanhola e colocar Zapatero e Merkel ao chapadão. E como? Simples! Exportando para a Alemanha pepinos calabreses disfarçados de pepinos da Andaluzia e infectados com e-coli.


E porque razão o efeito mortal destes pepinos só se faz sentir no norte da Alemanha? Porque é aí que reside o grosso da comunidade de imigrantes calabreses na Alemanha, entre a qual se ocultam os membros da Ndrangheta que introduzem os pepinos contaminados na cadeia alimentar local.


Teoria IV - A faena desesperada de Zapatero


Encurralado entre a derrocada do PSOE nas últimas eleições regionais e municipais, e a crise económica latente, Zapatero tenta obter da Alemanha um empréstimo a fundo perdido de 200 mil milhões de Euros, utilizando a chantagem como alavanca negocial.


Há quem garanta que, por detrás do conflito mediático entre alemães e espanhóis, decorrem duras negociações em que Zapatero ameaça Bona com a propagação da praga de pepinos a todo o território alemão. No Wikileaks há mesmo um trecho duma escuta captada pela NSA, em que se houve uma conversa telefónica entre Zapatero e Merkel: "Angelita escucha... no me toques las pelotas! Estoy hasta los huveos de la crisis. Estoy hablando en serio: 200.000 millones en contado."

ATENÇÃO: Enquanto não se esclarece toda a verdade sobre a maldição do pepino espanhol, aconselhamos os nossos leitores a recorrerem a pepinos espanhóis apenas para aplicação tópica.


































































































quarta-feira, 25 de maio de 2011

Soluções para a crise na Zona Euro

Está na hora de Grécia, Portugal e Irlanda capitalizarem os seus legados à humanidade para ajudar a pagar as respectivas dívidas soberanas. Como? Cobrando royalties pela utilização que, diariamente, a humanidade faz desses legados! Por exemplo, a Grécia deverá cobrar royalties por estar na génese da civilização ocidental, Portugal por ter dado novos mundos ao Mundo e a Irlanda por ter criado a Guinness.


Mais exemplos de fontes de receita... É de toda a justiça que a Grécia cobre direitos sobre a propriedade intelectual dos Jogos Olímpicos. Todos os 4 anos a Grécia deveria receber um rendimento jeitoso pago pelos organizadores, participantes e assistentes dos Jogos. Se a isto somarmos direitos de transmissão televisiva e direitos sobre o merchandising, a Grécia teria suficiente funding para sair daquela twilight zone em que vive há séculos, entre o Médio Oriente e a Europa, e voltar a ser um país civilizado. Portugal deu a descobrir ao Mundo em geral e ao British Empire em particular, a planta do chá e, muitos séculos antes de cientistas britânicos terem clonado a ovelha Dolly, os descobridores portugueses criaram as mulatas que, ao contrário da Dolly, ainda existem e continuam a (re)produzir-se. Isto deve valer uma fortuna, caramba! E que dizer dos irlandeses, que nos brindaram (literalmente...) com o Bushmills e o Jameson? É verdade que eles exportam disto e isso deve ter um certo peso na balança de pagamentos da República da Irlanda, mas será que os copyrights do whiskey estão a ser devidamente valorizados?



Aqui fica para reflexão...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Deve ser a isto que chamam Internacional Socialista...










E ao 1.º dia de campanha, em Évora, José Sócrates reinventa o conceito de "Internacional Socialista" ao criar um PS que se estende do Punjab ao Martim Moniz...

O PS pode não controlar a SIC, mas não há dúvida de que controla os Sikhs! LOL

Produtividade, dias de férias e feriados

Toda essa conversa sobre a correlação entre os índices de produtividade nacional e os dias de férias e os feriados dos portugueses é um bocado disparatada.

A redução dos dias de férias e do número de feriados só seria uma solução se houvesse um problema na nossa capacidade para satisfazer a procura externa, isto é, se não estivéssemos a exportar mais por falta de capacidade para satisfazer a procura que nos é dirigida ou se estivéssemos a compensar o alegado excesso de dias de férias e de feriados com horas extraordinárias massivas ou com mais trabalhadores, afectando a nossa competitividade a nível de custos (mas criando mais uns postos de trabalho...). Ora, que eu tenha conhecimento, o excesso de procura não é um problema que afecte a maioria das empresas nacionais. É pena, porque seria um doce problema, mas, infelizmente, ouve-se é falar de empresas a encerrar e a fazer layoff temporário por falta de encomendas e não de empresas desesperadas por não conseguirem satisfazer as carradas de encomendas que lhes caiem do céu aos trambolhões. Portanto, objectivamente, net net, o que é que se ganha ao aumentar o número de dias de trabalho?

Concordo, em absoluto, com os que defendem que a produtividade dos trabalhadores portugueses em ambiente industrial está entre as melhores, como é atestado por casos como o da Autoeuropa. Sobretudo, se devidamente enquadrados em termos de organização, processos e tecnologia, como é também o caso da Autoeuropa.

Por outro lado, admito que temos um problema de produtividade a nível do sector terciário. Trata-se de uma idiossincrasia cultural, que sobrevaloriza o número de horas que se passa no local de trabalho - e, em particular, a hora a que se sai - em detrimento do trabalho realizado e dos resultados alcançados. Em resultado desta cultura de taximetro, os portugueses que laboram no sector de serviços fazem inúmeros coffee breaks, longos almoços e alguns lanches, navegam na internet e discutem imenso futebol, política, economia e todo o tipo de fait divers. Pelo meio, vão trabalhando qualquer coisa. Graças a esta cultura de show-off horário, temos muito menos horas de quality time pessoal do que seria desejável e alimentamos um circulo vicioso em que a menos descanso efectivo, corresponde menor produtividade e criatividade nas muitas horas em que nos arrastamos pelo local de trabalho.